Saio devagar
Bato a porta, saio devagar,
Olho só mais uma vez,
Águas mansas e a nudez
Frágil como a vida.
Não podia ser de outra maneira:
Uma mão cheia de nada.
O riso. A lágrima. A sorte. A sina.
É a brisa onde adormeço.
É a lua. Fim da tarde.
Tudo muda, tudo parte,
Tudo tem o seu avesso.
Quente como a tua mão
Frágil a memória da paixão...
Não, nunca me esqueci de ti.