quarta-feira, 24 de junho de 2009

Stones celebration - CCXVI - Marco Struve


Revelação

Marco Antônio Struve


Nada te revelei do meu coração
Enquanto repousavas nos meus braços.
Nada te revelei, além da cor da pele,
A inclinação do corpo partilhado.

A nudez que ninguém vê além da roupa,
Ninguém pôde ver, além de ti,
Enquanto penetro a praia iluminada
Pelo sangue que jorra nos meus olhos.

O braços que se estende. A mão que aperta dedos
Não como flor, mas pássaro ferido
Entre a fragilidade do mar e o espaço.

Só te revelei todo o coração
Escrito nos muros em sussurros
Como um rio subterrâneo aflorado

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