quarta-feira, 1 de julho de 2009


Libelulas - Marco Struve


Coração

Marco Antonio Struve


Nenhuma palavra me interessa
Prefiro o coração ridículo.
Quem sabe o que sei?
Quem sabe o que sinto?
O que sei, qualquer saberá
Todos podem saber entender.

O que sinto, segue à flor da pele.
Não se envergonha de chorar.
Se arrepia com o desejo de um beijo.
Me faz acordar ofegante
No meio da noite.
Aceita o escândalo em teu corpo.
Entrega-se ao corpo revolto.
Inventa restos de flores nuas..
Sai para voar rompendo nuvens
Nos limites das camas. Das ruas.
Arde todo no amor obsceno.
Traduzindo o primeiro grito

Amordaçado em minhas frases.

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