Outono
Marco Antonio Struve
Meu sonho se desfez para sempre.
Minha voz se quebrou na manhã.
Minha vida é infinito deserto e ilusão.
Meu coração aprende a tragédia outonal.
Guardo os momentos de tristeza.
Leio no espelho os olhos comovidos
E as auroras sobre a água do rio
Inchado pelas chuvas de silêncio.
Eu tenho a amargura solitária
E finjo a tristeza melancólica da tarde
Em minha alma de cantos desprendidos.
Levo as palavras de delírio ao vento.
Eu me dissolvo em formas e paixões
Enquanto descansam as estrelas adormecidas.
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