quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Marco Struve




Ama

Marco Antonio Struve


Ama,
Arrancando com mãos feridas
As lanças de sangue
Cravadas em teu corpo,
Súbito arpão derrotado,
Derrubando o orvalho
E abrindo os olhos.
Detendo a rede estrelada.
Apertando com teus lábios,
Tua boca, tua voz,
A cor das letras e dias,
A catedral submersa
Dentro do gozo e da alma.
Infinito amar e esperar,
Teus seios recém descobertos,
Tua boca que amou,
Teus braços de tormenta,
Teus olhos navais.
Tu e eu reconhecemos o calor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário