quarta-feira, 2 de setembro de 2009


ST - Marco Struve
Não sei amar-te...
Marco Antonio Struve

Não sei amar-te,
Mas não sei cantar
Sem tua boca,
Porque os quebrantos
De teu olhar
Ardem em mim
E as tempestades
De setembro desabaram
Sobre nossas cabeças
Em pleno crepúsculo
Agregando roseiras e chão...

Nos dias cortados de fogo e fúria
Nos ferimos com dentes, beijos
E palavras.
E já não tínhamos nem céu,
Nem sombra,
Nem pele,
Nem uma lágrima áspera
Nos mares da lembrança.

De repente senti a impura miséria.
Solidão.
Por sangue e por ira.
Minha vida gasta em tantos...

Inverno.

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